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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Resenha: Calígula


Um romance histórico até interessante

Allan Massie, para quem não conhece, é um escritor estrangeiro relativamente conhecido na arte de escrever livros de fundo histórico em versões romanceadas. 

Pela sua (muito) fértil imaginação já foram retratadas entidades como o legendário rei Arthur, de Camelot, o sábio e real rei Carlos Magno, o passional rei bíblico David, a voluptuosa rainha Cleópatra e, como não poderia deixar de ser, quase todos os imperadores romanos de maior relevância para a história, como César, Tibério, Nero e claro, Calígula.

Neste livro, Massie dá vida a Lucius, um oficial do estado-maior veterano que conviveu com Calígula desde mais a tenra infância, por ser amigo do pai do imperador, o valente general Germânico e também de seu avô, o libertino e temperamental imperador Tibério. Por meio dos olhos deste personagem tomamos conhecimento de toda a trajetória desta figura histórica altamente controvertida, retratada unanimemente de forma negativa em filmes e principalmente e, livros de História Geral.

Incentivado por Agripina, tia de Calígula e mãe do pequeno Nero, Lucius começa a escrever a biografia do falecido Gaio (verdadeiro nome de Calígula), imperador-comandante do Império Romano, logo após a sua morte de forma trágica pelas mãos de sua guarda pessoal. 

Acompanhando os manuscritos de Lucius, descobriremos então que em apenas quatro anos de governo, Calígula  reuniu mais poderes do que seu mais famoso antecessor, o ditador Júlio César. Mas seria possível contar a história do imprevisível, louco, devasso, cruel e sedutor Gaio sem desnudar a história de Roma e da família imperial? Esse é o fio condutor do romance e, sem qualquer sombra de dúvida, o autor demonstra então ter um conhecimento quase que ilimitado sobre a história de Roma e de seus senhores, quando escreve.  Narrado em forma de biografia romanceada, o livro apresenta personagens e fatos reais, combinando assim conhecimento histórico com uma já citada fértil imaginação do autor. E sua ousadia é tanta que ele até questiona a versão da maioria dos historiadores e filósofos a respeito desse personagem símbolo da decadência romana. 

Particularmente achei um livro um pouco insosso, ainda mais quando comparado com o polêmico filme homônimo do cineasta italiano Tinto Brass que foi filmado na década de 1970, estrelado por nomes como Malcolm McDowell, Peter O'Toole e Helen Mirren.  Mas, mesmo assim, achei interessante a forma como Massie narrou a história. E para uma primeira leitura de suas obras, foi até interessante.

Agora, cabe a você decidir se quer ler ou não. Momentos fortes e picantes até existem na obra, mas não são muitos. O mais interessante, portanto, é tomar conhecimento da linha de pensamento do autor, muito bem expressa por meio de seus personagens. 

Recomendo.

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