Sookie adquire mais experiências e... hematomas
Inicio esta resenha fazendo uma crítica um pouco ácida a esta edição brasileira do livro. Se você não leu ainda os livros anteriores, não leia o próximo parágrafo, que está em itálico. Vá direto ao próximo depois dele, pois este em questão contém um SPOILER., uma revelação importante do livro anterior a qual com certeza você não quer saber se ainda não o leu. Por isso, não quero ser mais um dos inúmeros estraga-prazeres espalhados pela internet que ficam contando, inconsequentemente e em riquezas de detalhes, as passagens importantes e até mesmo finais de diversos livros que nem todos conhecem ainda.
Não sei se está de acordo com a editora original, mas a Benvirá (selo editorial recente do Grupo Saraiva), no afã de relacionar o livro com a série, colocou uma foto com todo o elenco de True Blood na capa, o que constitui um equívoco terrível. Mas como, se a Tara que conhecemos na série sequer aparece nos livros e seu primo Lafayette, também presente nela, já até morreu no segundo? Sei que na série ele continua vivíssimo, mas convenhamos: livro é livro e série é série. E se há algo que realmente tenho estranhado muito nas edições nacionais da série em livro é esse troca-troca de editoras. Morto Até o Anoitecer, o primeiro livro, saiu pela Ediouro. Vampiros em Dallas, o segundo, saiu pela ARX. Sabe por onde o próximo sairá se essa Benvirá não se estabelecer como a Editora definitiva dos livros de Charlaine Harris em terras brasileiras.
Mas, focando agora no livro, Clube dos vampiros é o terceiro livro de Charlaine sobre as aventuras da garçonete telepata Sookie Stackhouse e dos companheiros nada convencionais que a acompanham nessas empreitadas, como os vampiros Bill (namorado), Eric, Pam, Bubba e uma uma infinidade de outras criaturas estranhas, como mutantes e lobisomens, que cruzam seus caminhos na pequena e aparentemente pacata cidade de Bon Temps, na Louisina (EUA).
A história se inicia com fortes indícios de que a relação de Bill e Sookie não é mais a mesma, desde que se conheceram. Distante, frio, desinteressado por climas românticos, Bill anda às voltas com missões secretas que lhe foram designadas pela rainha vampira da Louisiana, tão secretas que nem mesmo Eric, seu superior imediato, sabe de suas existências. Ou talvez desconfie.
Um rompimento entre os dois então é inevitável e mesmo arrasada, Sookie tenta retomar sua vida do zero, como se isso fosse possível. Após certo tempo, recebe a visita do próprio Eric, em pessoa e de Pam, sua assistente, que lhe noticiam o desaparecimento de Bill, e interessadíssimos, claro, em saber também o que poderia ter ocasionado esse súbito e inexplicado desaparecimento.
Ainda fiel a Bill, Sookie diz aos vampiros desconhecer os motivos que levaram ao seu desaparecimento, mas se compromete em ajudar a encontrá-lo, ainda mais quando é informada de que Bill pode estar prisioneiro nos domínios do rei vampiro do Mississipi.
Como Eric e nem Pam, sendo vampiros de outro território não podem circular no outro Estado, resolvem designar então um novo companheiro de aventuras para a telepata, que acaba um tanto abalada em suas estruturas quando conhece o sujeito em questão.
Trata-se de Alcide Herveaux: sujeito alto, moreno, musculoso e sensual que possui as qualidades que uma donzela casadoira e aspirante a uma vida normal mais deseja em um marido, incluindo-se aí adjetivos como rico, trabalhador e supostamente honrado e honesto. Porém, no caso particular de Sookie nada em sua vida é perfeito. Mesmo livre e desimpedido no momento, Alcide, revela ser, na verdade, um lobisomem. E que deve favores a Eric.
Apresentações feitas e empatia imediata entre os novos parceiros, Alcide e Sookie dirigem-se imediatamente a Jackson, Mississipi onde o pai do jovem lobisomem possui negócios e onde Alcide também é bem conhecido no meio 'sobrenatural' do lugar. E se pretendem realmente descobrir o paradeiro de Bill, devem freqüentar o lugar mais barra pesada da cidade, o Club Dead. Mas esta missão não será nem um pouco fácil, ainda mais quando vampiros desconfiados, mutantes ciumentos e outros lobisomens, de índole vingativa, cruzam o caminho dos dois.
Mas o pior ainda está por vir quando Sookie descobrir que o que motivou Bill a deixá-la foi uma rival amorosa com cerca de dois séculos de idade...
Particularmente, acho que a série tem mantido o seu nível até aqui. Os personagens são sensuais, cativantes, mas os enredos deixam um pouco a desejar. Eu imaginava muito mais suspense e obstáculos a superar neste terceiro livro, o que não foi o caso. Tudo se resolveu tão facilmente.
Mesmo assim, acredito que os próximos volumes trarão novo frescor à série e talvez uma maior maturidade literária da autora, já que criatividade não lhe falta. Este, em particular, foi uma espécie de divisor de águas, porque agora Sookie está praticamente livre e desimpedida nas questões do amor e possui três magníficos pretendentes a seus pés, embora um deles tenha perdido completamente a sua confiança. Vamos ver então o que nos reserva a série num futuro próximo.
Até o próximo então!
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