Piegas!
Walcyr Carrasco tem muitos méritos em sua carreira. Caso o nome lhe soe familiar, ele é autor de grandes sucessos na área de teledramaturgia, tais como as novelas "O Cravo e a Rosa", "Alma Gêmea", "A Padroeira", "Chocolate com Pimenta" e a obra-prima "Xica da Silva", na extinta TV Manchete (onde usou o pseudônimo de Adamo Angel).
Porém o sucesso que permeia suas produções na telinha não o acompanhou nos livros, em especial esse A senhora das velas. É um livro tão cheio de clichês que você facilmente descobre o que vai acontecer na página seguinte. Foi o primeiro livro dele que li e definitivamente não gostei, mesmo estando dentro de uma linha de realismo fantástico, gênero que aprecio muito especialmente quando leio as obras de Gabriel Garcia Márquez.
Basicamente, é a história de um menininho pobre chamado Felipe que vivia feliz com os pais em um terreno arrendado em uma fazenda e que acabam morrendo por conta de uma desgraça inesperada. Expulso da casa onde sempre viveu pelos patrões de seus genitores, Felipe vai para a cidade grande em busca de uma tia rica que sabe que possui, mas que nunca conheceu pessoalmente. Trata-se de uma mulher amargurada, ressentida e muito difícil de se conquistar, quando finalmente a conhecemos e aqui, é inevitável pensarmos imediatamente na tia Polly, do romance Pollyanna, de Eleanor H. Porter.
Mas, graças à ajuda de Nossa Senhora (com direito a efeitos especiais com muita luz de velas) tudo se resolve.Como se na vida real isto realmente acontecesse, não é?
Para quem acredita em crendices e milagres, este livro é um prato cheio. Para mentes inteligentes e esclarecidas, um suplício. Portanto, você decide que partido tomar se resolver ler esta obra.
Lembrando que ganhei a mesma de presente...
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