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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Resenha: Almanaque do Cinema (Omelete)


Item básico para cinéfilos


Desde que me recordo como usuário da internet, o site Omelete sempre me foi um grande referencial em termos de entretenimento e informação no mundo virtual, especialmente quando o assunto era cinema, quadrinhos, livros ou séries de TV.

Acompanhei com entusiasmo e fidelidade o florescer do site e até por conta disso abandonei de vez outras mídias, especialmente as impressas para ficar interado com as novidades do entretenimento.

Com sua evolução, seria natural o desdobramento de novos produtos relacionados ao site. E em 2009, eis que surge então o Almanaque do Cinema Omelete, lançado pela Ediouro e seguindo de perto outras publicações similares também lançadas pela editora, como os Almanaques dos Anos 70, 80 e 90, o Almanaque da Televisão, o Almanaque dos Seriados e muitos outros mais. Uma magnífica surpresa aos cinéfilos de plantão.

Apenas este ano tive a oportunidade de adquirir a publicação e no geral, achei muita boa, mas longe de ser excelente, pois senti algumas lacunas em seu conteúdo.

Com linguagem acessível a todos os públicos (do leigo ao mais cinéfilo), o almanaque inicia com um resumo muito bom da história do cinema, de seus primórdios até os dias atuais, seguido logo por uma listagem de cinqüenta filmes que seus autores, Érico Borgo, Marcelo Forlani e Marcelo Hessel, classificam como os mais relevantes de todos os tempos e que devem ser assistidos por todas as pessoas. A lista realmente é básica e bastante relevante àqueles que desejam se inteirar mais com a sétima arte e suas produções.

Seguem-se então capítulos com os perfis de diretores e atores consagrados do cinema e aqui notei algumas ausências significativas como Pier Paolo Pasolini, Tim Burton e Robert Zemeckis. Em seguida, há um longo capítulo onde são apresentada as profissionais do sexo feminino que aparecem nas telas, divididas então em três categorias distintas que achei até bastante justa, considerando suas performances e talentos pessoais. As mesmas, divididas em  atrizes propriamente ditas, musas e femme fatales, têm suas vidas brevemente retratadas,  enfatizando sempre, claro os filmes que participaram, as muittas curiosidades a respeito de suas vidas pessoais, alguns escândalos sexuais de praxe e demais informações relacionadas a bastidores. E o mesmo vale aos homens, caracterizados nos capítulos anteriores.

O almanaque ainda aborda temas como parcerias famosas entre atores e diretores (como Harrison Ford e Steven Spielberg), entre grupos de atores (como Os Irmãos Marx, Os Três Patetas), informações detalhadas sobre filmes de animação, trilhas sonoras, animais famosos do cinema, heróis, vilões, monstros, conquistadores, valentões e machonas da maior parte dos filmes que chegaram aos cinemas com êxito.

Fechando o almanaque temos algumas curiosidades, mistérios, histórias sobre festivais, premiações e rankings relacionados aos filmes, principalmente na época de seus lançamentos.

Como disse anteriormente, difícil é não perceber algumas lacunas aqui e ali, mas no geral, a obra excede expectativas. Sugiro sua aquisição e leitura por um público mais leigo, embora recomende a alguns experts que estejam dispostos a instruir novas pessoas para essa paixão que se chama cinema.

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