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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Nossa língua (X)


40 Gírias antigas que caíram em desuso

    Nem ouso contestar! Umas eu sequer ouvir falar antes!

  1. À Beça – Comi à beça. (muito)
  2. Barra Limpa – O sujeito é barra limpa ou a barra está limpa.(fora de perigo)
  3. Bicho – Fala bicho! (mais usado pelos hippies)
  4. Boa Pinta – O sujeito é boa pinta. (gente boa, elegante)
  5. Botar pra Quebrar – Vai lá e bota pra quebrar. (arrebentar)
  6. Bulhufas – Não entendi bulhufas.(nada)
  7. Chapa – Fala meu chapa! (Amigo)
  8. Chato de Galocha – Fica quieto seu chato de galocha. (pessoa chata)
  9. Dançou – Bobeou, dançou! (perdeu)
  10. De Lascar – Esse carro é de lascar (algo bom) ou Este calor está de lascar (algo ruim)
  11. Estourar a Boca do Balão – Vou estourar a Boca do Balão. (arrasar)
  12. Fichinha – Saltar de bungee jumping é fichinha. (muito fácil)
  13. Grilado – Fiquei griladão com o que aconteceu ontem. (preocupado)
  14. Jóia – Fiz uma reforma na casa é agora está uma jóia. (legal, bonito, limpo)
  15. Pega Leve – Professor! Pega leve na prova. (está muito díficil, deixe fácil)
  16. Pode Crer – Pode Crer, é isso mesmo! (Acredite!)
  17. Sacou – O esquema é este, sacou? (o mesmo que: Entendeu? Tá Ligado?)
  18. Supimpa – Aquela festa foi supimpa. (bom, legal)
  19. Tutu – Estou sem nenhum tutu no bolso. (O mesmo que dinheiro )
  20. Um Estouro – A festa foi um estouro. (algo que arrebentou , foi muito bom)
  21. Xuxu beleza – Como foi sua lua de mel, ohh foi xuxu beleza. (Está tudo Ok, tudo certo)
  22. Belezura – Olha só que belezura. (sinônimo de bonita)
  23. Tirar as barbas de molho – Alguém que está muito tempo parado (seja lá o que for) e volta a ativa.
  24. Matar cachorro a grito – Tentar fazer algo que não tem como dar certo. Você está a matar cachorro a grito.
  25. Amigo da onça – Traidor.
  26. Parada dura – Aquela mulher é parada dura (algo dificil de se conquistar/realizar)
  27. Pela Madrugada! /Pelas barbas do profeta – Pelo amor de Deus
  28. Toró – Vai cair um toró (chuva, trovão)
  29. Duro na queda – Aquele é duro na queda, tomou três tiros na cabeça e não morreu.
  30. Cambada – Muita gente . Olha só aquela cambada de sem ter o que fazer .
  31. Lero-lero – Enrolação
  32. Xispa – O mesmo que cai fora!
  33. Pega pra capar – Briga confusão. Está o maior pega pra capar ali na esquina.
  34. Mandar brasa – Vai em frente! Manda Brasa
  35. Nem que a vaca tussa! – o mesmo que Nem morto etc.
  36. Mundaréu -Algo imenso, grande. Um mundaréu de casas, um mundaréu de gente.
  37. No pó da rabiola ou estar só o pó – Cansado, muito cansado. Você está só o pó.
  38. Sebo nas canelas – Sebo nas canelas meu fi, estamos atrasados.
  39. Ó Pai, Ó – insatisfação . Ó pai, ó eu mau cheguei e já estou escutando sermão. (gíria baiana)
  40. Pangaré – Uma pessoa que se acha inteligente, mas é mais burro do que o próprio burro.
Fonte:  Site Cambalacho.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Poesia (XVIII)


Razão de ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece, 
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê? 

[Paulo Leminski. Da obra Distraídos, venceremos]

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Trecho selecionado (XVII)


"O orgulho - observou Mary, que se gabava da solidez das suas reflexões - é um defeito muito comum, creio eu. Por tudo o que tenho lido, estou mesmo convencida de que é muito comum, que a natureza humana manifesta uma tendência muito acentuada para o orgulho, que são pouquissímos os que não alimentam esse sentimento, fundados em alguma qualidade real ou imaginária! A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmo, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós."


[Trecho de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen]

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Frase (XX)


"A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde."
[André Maurois, novelista e ensaísta francês]

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Resenha: Rock in Rio


A história do maior festival de música do mundo

Rock in Rio, o festival de rock pioneiro do Brasil: muitos foram e nunca esqueceram. Eu nunca fui, mas confesso que é difícil de esquecê-lo também, pois de certa forma, fascina.

Fascinação essa que tem origem nas inúmeras histórias que li aqui e ali em diversas publicações ou que ouvi falar ao longo dos anos, a respeito de todas as edições do festival, especialmente as que foram realizadas em solo brasileiro. E é nelas que o livro do jornalista Luiz Felipe Carneiro foca.

Com inúmeras fotos, Rock in Rio - o livro - traz consigo os registros dos grandes momentos destas edições, com especial atenção às duas primeiras, como o leitor verificará ao comparar o número de páginas dedicado a cada uma delas. Alguns críticos poderiam tomar isto como um descaso do autor, mas o fato é que as mesmas foram muito mais interessantes, tanto no andar dos acontecimentos, quanto musicalmente falando, afinal os ídolos de hoje (cada vez mais descartáveis) não são e nunca serão como os de outrora.

Para que este livro fosse possível, o autor pesquisou mais de 2 mil artigos e entrevistou diversos organizadores do festival, incluindo Roberto Medina, o idealizador do evento e dezenas de artistas e jornalistas em busca de episódios inusitados em cada edição, com destaque especial ao dublê de ator/humorista/relações públicas Amin Khader, que foi camareiro chefe e cicerone dos artistas em todas as edições. 

Entre as situações narradas por Medina, Khader e outros está a de Rod Stewart jogando futebol com sua equipe dentro de uma luxuosa suíte de hotel, deixada literalmente em cacos; a generosidade de Axl Rose em compartilhar uma macarronada com produtores, faxineiros e camareiras da equipe de apoio do festival; Cássia Eller impressionando o ex-Nirvana David Grohl, atual líder do Foo Fighters, com sua louca performance no palco, sem falar nas exigências e esquisitices de Prince, os chiliques de Freddie Mercury e muito mais.

Nem preciso dizer que este é um livro bem gostoso de ler, especialmente se você curte cultura popular, música e histórias de bastidores. Se for seu caso, não perca mais tempo e adquira logo o seu. Unindo entretenimento e história, Rock in Rio é uma obra fundamental para as estantes de todos os antenados, tenham eles ido ou não ao festival. Recomendo.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Resenha: Água para elefantes


Longe de ser mais um livro meloso


Eis uma obra que a princípio eu não teria a menor vontade de adquirir e ler. Primeiro por aparentar ser mais um dos muitos e terríveis livros água com açúcar que abarrotam as prateleiras das livrarias. Aqueles que, muitas vezes são recheados de histórias inverossímeis e irreais que são mais indicadas para um público mais juvenil e menos seletivo. Segundo, porque foi adaptado para o cinema tendo o insosso ator Robert Pattinson como protagonista...

Mas, ganhei de presente. E, "como cavalo dado não se olham os dentes", resolvi tirar uma tarde para dar uma 'folheada' no livro, sem maiores compromissos. Só que a folheada acabou se tornando uma das leituras mais prazerosas que já tive nos últimos tempos.

Água para elefantes, terceiro livro da canadense Sara Gruen tem romance, claro. Mas também aborda temas que são populares e fascinam muito as pessoas, como o mundo dos circos e a paixão dos seres humanos pelos animais, mas sob uma ótica completamente desprovida de glamour, voltada mais para os bastidores dos espetáculos e longe dos picadeiros, onde vemos seres racionais e irracionais vivendo na mais completamente precariedade, considerando que vivem em terríveis tempos de recessão econômica.


A história se passa em dois tempos distintos: em (indefinidos) dias atuais e no começo dos anos 30, nos Estados Unidos, logo após a quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1929. O protagonista dela é um senhor nonagenário de ascendência polonesa que vive em um abrigo para idosos, chamado Jacob Jankowski. Com ele, e bastante nítidas, também vivem as reminiscencias de seu passado.


Aos 23 anos, Jacob era um promissor estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro, lhe deixando completamente desamparado. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento, pertencente ao Circo dos Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.

Admitido com uma certa má vontade para cuidar dos animais, já que todos vivem tempos difíceis, Jacob sofrerá nas mãos do implacável "Tio" Al, o empresário tirano do circo, e de August, o mentalmente perturbado chefe do setor dos animais.


É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro (e perigosamente) por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo.


A história lhe soa interessante? Embora não seja tão inovadora à primeira vista, garanto que a mesma é comovente e prende o leitor do início ao fim, suscitando-lhe emoções diversas, que oscilam entre a angústia, a ternura e o ardente desejo por um final feliz.

Se a história termina bem, cabe a você descobrir. Pelo seu poder em comover, recomendo-a com entusiasmo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Resenha: O vampiro que ri


O princípio dos "prazeres"

Dos três mangás de Suehiro Maruo lançados no Brasil, O Vampiro que ri é o mais raro de se encontrar no mercado. Suas edições estão esgotadas.

A história narra os acontecimentos macabros que antecedem a trama do ótimo Paraíso - O sorriso do Vampiro, já resenhado aqui no blog.  Nele, descobrimos a origem da repulsiva e misteriosa Corcunda, assim como os detalhes por trás das metamorfoses de seus servos sugadores de sangue, Konosuke Mori e Runa Miyawaki, outrora pacatos estudantes de ensino médio da região de Tóquio.

Personagens como Sotoo Henmi, rapazinho piromaníaco e com fortes tendências psicóticas e Kan, um palhaço pedófilo e estuprador dão à trama um tom mais sádico e doentio que deixaria o Marquês de Sade orgulhoso. Até onde o ser humano é capaz de ir quando a satisfação de seus impulsos e instintos são suas metas primordiais?

Descubra lendo esta obra se os temas nela retratados lhe apetecerem e se o encontrar disponível para venda em algum lugar especializado. Trata-se de um verdadeiro tesouro do mangá underground japonês. Raro e indispensável.
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