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sábado, 25 de dezembro de 2010

Resenha: O Natal de Poirot


Natal sangrento

Que data mais perfeita do que o Natal para estrear uma resenha sobre um livro da majestosa rainha do crime aqui no blog! E especialmente o seu livro mais natalino e tido como o mais 'sangrento'.

Este alerta sobre sangue é ela mesma quem faz, em uma espécie de mensagem-prefácio ao livro, dedicada ao seu cunhado:


"Meu Querido James


Você sempre foi um dos meus leitores mais fieis e bondosos e, por isso mesmo, fiquei seriamente perturbada ao receber seu comentário crítico.
Queixou-se de que meus assassinatos estariam ficando refinados demais – na verdade, anêmicos. Demonstrou, também, o desejo de “um assassinato dos bons, violento e cheio de sangue”. Um assassinato em que não houvesse dúvida de ser assassinato!
Pois esta aí a história que escrevi especialmente para você. Espero que lhe agrade.
Com todo o carinho, de sua cunhada."


É véspera de Natal. A reunião da riquíssima e poderosa família Lee é arruinada pelo barulho ensurdecedor de móveis sendo destroçados, seguido de um grito agudo e sofrido. No andar de cima, o tirânico Simeon Lee está morto, numa poça de sangue, com a garganta degolada. Mas quando Hercule Poirot, que está no vilarejo para passar o Natal com um amigo, se oferece para ajudar, depara-se com uma atmosfera não de luto, mas de suspeitas mútuas. Parece que todos tinham suas próprias razões para detestar o velho...

Isso inclui quatro de seus filhos, três cunhadas, um enfermeiro pessoal, um mordomo e uma recém-chegada e reconhecida neta do morto, que foi gerada pela sua única filha,há anos fugida de casa, junto a um aventureiro espanhol e  já falecida.

O interessante dos romances de Agatha são os personagens que nele desfilam, em especial este, todos envoltos no mais espesso véu da ambigüidade. São realmente bons ou maus? Quais suas verdadeiras intenções?

A história é basicamente esta. Não me aprofundarei mais porque acabo correndo o risco de falar mais a respeito da mesma e deixando possíveis leitores chateados com informações que estraguem a sua leitura. Afinal, mistério é mistério.

Mas confesso que diverti-me bastante com este livro. Tinha em mente ler algo mais leve e condizente com o clima natalino neste final de ano, como o fiz ano passado, lendo Cântico de Natal do Dickens, mas este ano calhou deste aparecer em minha pilha de livros por ler.

Corra então e leia o seu exemplar. Senão, terá de esperar até o próximo natal para saber quem é o assassino. E creio que isto seria algo que você não gostaria de perder, não é?

Até a próxima!

Um comentário:

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