Mediano
Quando li a sinopse de "A descoberta do chocolate" em um periódico que recebo bimestralmente da Editora Record em minha casa, achei que o livro possuía uma narrativa de grande potencial, daquelas que nos dão avidez e prazer em ler sem restrições e, por conta disso, resolvi adquiri-lo sem mais demora.
A obra de James Runcie conta a fictícia história de Diego de Godoy, um homem de origem espanhola contemporâneo da época das grandes navegações européias, que acompanha seus conterrâneos à América Central em busca de fama e fortuna instantâneas, presenciando assim todo o processo da conquista hispânica na região, caracterizada pelos famosos saques e genocídios a povos indígenas que já todos nós já conhecemos através do estudo da História em anos escolares.
Entrando em contato com os nativos da região, em especial com uma misteriosa índia chamada Inácia, Diego acaba descobrindo o chocolate (oriundo das sementes de cacau) e todos os seus sabores, encantos e mistérios. O mais especial deles é um elixir mágico a base de chocolate que lhe dá longa vida, assim como também ao seu cão de estimação, o galgo Pedro.
Inácia desaparece misteriosamente da vida de Diego. E em suas andanças pelo mundo afora em busca da amada, ele resolve propagar aos quatro ventos as maravilhas do chocolate, sempre presenciando e interagindo com os mais diversos acontecimentos e personagens históricos dos últimos séculos, inclusive encontrando pelo caminho alguns personagens verídicos da História.
Porém, o livro fica só na promessa. As tramas são muito mornas e o conjunto da obra não empolga muito, tanto que uma das passagens mais interessantes que achei do livro foi o insólito encontro do protagonista com o Marquês de Sade, em uma prisão francesa.
"A descoberta do chocolate" com certeza agradará a quem goste de História, especialmente aos que apreciam o tema das conquistas européias no continente americano. E provavelmente também comoverá os românticos de plantão, em especial os que acreditam em questões como destino e almas gêmeas.
Mas a mim, não convenceu muito. Achei apenas médio, justificando assim o título desta resenha.
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