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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Resenha: Um mundo perfeito



Decepcionante. Um dos piores livros que li na vida.

Vi tantas resenhas positivas a respeito deste livro em uma rede de relacionamento de leitores que fiquei bastante empolgado em lê-lo, mas sem tanta prioridade a princípio. Tomei conhecimento de sua existência por meio de um recado de punho do próprio autor que, polidamente, pediu-me que adquirisse “Um mundo perfeito” e conhecesse seu primeiro trabalho.

Após alguns meses onde priorizei outras leituras e já bastante intrigado com a insistência dele para que eu lesse logo a sua obra, adquiri o livro, alimentando as melhores expectativas possíveis a seu respeito, ainda mais por conta da capa, um trabalho de arte muito bonito. Porém, a cada página lida, fui decepcionando-me gradativamente com o teor da obra, que, sinceramente, achei MUITO fraca e limitada. Por pouco não parei de lê-la completamente.

Das duas hipóteses, uma: ou alguns resenhistas daqui da rede de relacionamentos que mencionei fizeram uma espécie de propaganda previamente combinada do livro com o autor ou então são, na verdade, amigos dele que não quiseram ou que tiveram a vergonha de magoá-lo com críticas verdadeiras como esta que faço. Não consigo entender como estas pessoas podem ter achado esta obra digna de cinco estrelas e uma obra-prima do suspense e do terror.

O livro, na verdade, pertence à literatura fantástica de baixa qualidade. Leonardo Brum, o autor, como já citei, é iniciante, e me passa a impressão de que não sabe realmente o que quer escrever em determinados momentos. Demonstrou ser bastante inseguro, escondendo-se atrás de vocabulário limitado, de um padrão irritante de parágrafos curtos, típicos de livros paradidáticos e de personagens que não são e jamais serão nem um pouco cativantes. Sua sintaxe de redação é bastante primária e os erros de concordância saltaram constantemente aos meus olhos durante toda a leitura.

Na pior das hipóteses, acredito eu, os perfis que elogiam a obra são falsos, mas não tenho certeza disso, embora outros usuários da rede de leitores que freqüento, que não gostaram do livro, tenham esta mesma desconfiança, já que foram atacados sem dó e nem piedade por lá . Posso até estar sendo injusto, mas sei que, para vender seu peixe e obter lucro irrestrito, as pessoas são capazes de criar as mais ardilosas artimanhas para conseguirem seu objetivo.

Porém, considerando que muitas pessoas leram e gostaram, tudo o que nos resta dizer ou pensar é aquela velha frase que diz “gosto é gosto, não é?” Mas mesmo assim fiquei pasmo com toda essa unanimidade em torno do livro, cuja narrativa primária, crua e óbvia é claramente "inspirada" em filmes e séries de TV que quase todo mundo já conhece ou assistiu, tipo “Lost”, "Predador" ou “A Ilha da Fantasia”.

O pior de tudo é que a história deixou muitas lacunas e situações inacabadas, especialmente o destino de alguns personagens e a origem de uma misteriosa criatura monstruosa que rondava a Ilha de Pedra-Luz, o lugar onde se passa a história, que apareceu pouquíssimas vezes e depois sumiu do nada. O final, então... um verdadeiro clichê de ruindade, muito mal feito.

Indico a leitura de “Um mundo perfeito” a um público mais infanto-juvenil e principiante em literatura, que com certeza o apreciará mais, por pura diversão e/ou sem maiores neuras. Para quem faz leituras mais elaboradas e densas como eu, o conselho que dou é: fique longe.

“Um mundo perfeito" só não é um fiasco completo porque possui alguns pequenos momentos memoráveis, como o capítulo do menino que é transformado em melão, que particularmente, achei até um pouco poético.

Espero que no futuro Leonardo conscientize-se de suas limitações e passe a escrever melhor. Ou então desista de escrever de uma vez por todas, caso não tenha a humildade de reconhecer as suas limitações.

Por fim, jamais escolha um livro apenas pela sua capa. Você pode se decepcionar amargamente com isto.

3 comentários:

  1. Marcelo, aimisori mas não gostei da capa!

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  2. Eu achei essa capa super intrigante quando a vi, mesmo com esse diamante azul parecendo uma bijouteria barata... hahahaha!!!

    Mas o que pesou mesmo na minha decisão foram as resenhas feitas de má fé.

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  3. Acabei de postar uma resenha sobre esse livro e concordo completamente com você: fraco, muito fraco.

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