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terça-feira, 5 de abril de 2011

Resenha: Paraíso - O sorriso do vampiro


Vampiros nipônicos não costumam morder, mas...

Suehiro Maruo está de volta ao blog, desta vez com Paraíso - O sorriso do vampiro.

O periódico The Comics Journal define Maruo como um autor  que "deve ser lido por todos os que tiverem algum interesse quanto às possibilidades artísticas e literárias dos quadrinhos - desde que tenham estômago para encarar os temas abordados por ele." 

De fato, na resenha anterior que fiz sobre uma de suas obras (Ero-Guro: o Erótico Grotesco de Suehiro Maruo), isso ficou bem claro. Suas obras não são para fracos, mas em relação a essa podemos abrir uma breve exceção, já que achei mais leve que a anterior.

Os livros de Maruo são considerados verdadeiras obras de arte e a beleza de seu traço conquistou o Oriente e o Ocidente. Em "Paraiso - O Sorriso do Vampiro" Maruo cria um clima sombrio sobre o Japão. Adolescentes sedentos por violência assombram as ruas. A aristocracia libera toda sua bestialidade e depravação em festas particulares. Um menino procura desesperadamente a irmã desaparecida. Em meio a esse inferno criado por seres humanos, gangues de vampiros encontram um paraíso particular. Maruo apresenta o terror em momentos de beleza incomparável.

Leia e constate como diferem os vampiros de Maruo de seus 'parentes' ocidentais. Desprovidos de presas, mas dotados de superforça, eles precisam sangrar a vítima primeiro, com algum objeto cortante ou pontiagudo para depois servirem-se de seu sangue, nem sempre garantia de eterna beleza.

"Paraiso - O Sorriso do Vampiro" é a expressão máxima do gênio de Suehiro Maruo. Perturbador como Georges Bataille e Luis Buñuel, engenhoso como Hitchcock e Charles Burns, que são algumas de suas influências, Maruo conta uma história noir, repleta de toques expressionistas que eu recomendo aos fãs de mangás, especialmente os não-convencionais.

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